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A correção óptica da presbiopia e suas
alternativas
Segundo a OMS atualmente existem cerca de 1,1 bilhão de pessoas com
deficiência de visão para perto
Epidemia de miopia? Sim, a situação é
preocupante, principalmente em certos países do Oriente e, além disso, o
aumento do número de casos vem crescendo exponencialmente em todo o mundo!
Retinopatia diabética? Sem dúvida que merece a maior atenção, já que o diabetes
vem sendo classificado como a peste do século XXI! Porém, um exame mais minucioso
da epidemiologia das doenças e problemas oculares revela que a presbiopia tem
um papel relevante.
A dificuldade para enxergar de perto
provocada pela perda de flexibilidade do cristalino e pelo progressivo
relaxamento do músculo ciliar é um dos primeiros e mais visíveis sintomas do
processo de envelhecimento humano e, por esta razão, além do desconforto físico
causa também certo desalento psicológico em grande número de pessoas.
Citando dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS), o professor associado do Departamento de Oftalmologia da Faculdade
de Medicina da USP, Milton Ruiz Alves, afirma que atualmente existem cerca de
1,1 bilhão de pessoas com deficiência de visão para perto, número mais de
quatro vezes maior às aproximadamente 237 milhões que apresentam deficiência de
visão para médias e longas distâncias. Os mesmos dados indicam que entre cinco
e dez anos esta cifra vai chegar a dois bilhões de pessoas que sentirão
dificuldade ou impossibilidade de olhar os aplicativos de seus celulares, ler
jornais e revistas e realizar um sem-número de ações cotidianas sem algum tipo
de correção óptica.
E são quatro as vertentes utilizadas
pelos especialistas para a correção óptica da presbiopia: os óculos, lentes de
contato, cirurgia refrativa e implante de lente intraocular, cada uma das quais
com vantagens e desvantagens peculiares e a adoção de cada uma delas depende
das condições do paciente, de seus interesses e exigências, do raciocínio
médico e da relação do profissional com quem procura seus serviços.
Mais simples e difundido
"A solução mais convencional, mais popular, mais difundida é a
correção da presbiopia com óculos. Para as pessoas que já usam óculos, será uma
adição de grau para que o foco para visão de perto seja ajustado. A maioria das
pessoas se adapta perfeitamente bem a esta situação, mesmo aquelas que nunca
usaram óculos".
Monovisão ou visão balanceada
Mesmo concordando que a solução óptica
mais usual para a presbiopia seja a prescrição de óculos, o uso de lentes de
contato para corrigir sua presbiopia é utilizar o que ela chama de visão
balanceada, ou monovisão, que consiste em usar uma lente com foco para longe,
no olho dominante, e uma lente com foco para perto no olho contralateral.
A
visão balanceada é a solução mais usual para quem não quer usar óculos e tem
capacidade para usar lentes de contato. A maioria dos médicos oftalmologistas
domina perfeitamente esta técnica e os cálculos necessários para sua
implementação. Em termos ópticos, perde-se um pouco da percepção de
profundidade e de contraste, perda essa que é perfeitamente assimilável pela
maioria dos usuários, que ficam satisfeitos com a solução encontrada para não
usar os óculos.
Cirurgias
"Existem basicamente duas
modalidades cirúrgicas para esse tipo de correção: modelagem da córnea e
colocação de lentes intraoculares.
As indicações e contraindicações estão
diretamente relacionadas ao tipo de cirurgia prescrita e que as intervenções na
córnea em pacientes portadores ou que pela idade podem vir a desenvolver
catarata devem ser evitadas. Nestes casos, recomenda implantes de lentes
intraoculares multifocais, lentes de foco estendido ou utilizar a técnica de
monovisão utilizando lentes monofocais.
Se o paciente for présbita jovem (45
anos), com miopia baixa, fazemos o teste de monovisão com lentes de contato e
somente operamos o olho dominante, deixando o míope para a visão de perto. Já
para os portadores de maior grau de miopia, é recomendável corrigir os dois
olhos, deixando uma miopia de aproximadamente -1,75 dioptrias no olho não
dominante. Da mesma forma, nos portadores de hipermetropia, dependendo da
idade, recomendamos a operação nos dois olhos, provocando a hipercorreção no
olho não dominante para produzir miopia entre -1,- a -1,75 dioptrias.
Finalmente, nos emétropes, a correção cirúrgica é feita somente no olho que
ficará com a visão para perto, mantendo a boa visão para longe do olho
dominante, explicou.
Por fim, esclarecemos que os pacientes
portadores de catarata, de ametropias e presbiopia, com idade superior a 50
anos, têm a opção de realizar a cirurgia
de catarata com utilização de lentes especiais que corrijam seus problemas e
também a presbiopia. A cirurgia, nestes casos, pode induzir à monovisão com
lentes intraoculares monofocais, ou utilizar lentes multifocais, lentes de foco
estendido, trifocais ou ainda associações delas.
"Nesses casos, como a tolerância para variações biométricas é
pequena, o cirurgião deve utilizar todos os recursos disponíveis para evitar
surpresas refracionais no pós-operatório. Além da biometria por
interferometria, o cirurgião deve fazer a análise da refração e das eventuais
aberrações, proporcionando mais segurança na análise refracional intracirúrgica
e final ao paciente. Por fim, é muito importante saber ouvir o paciente,
entender suas necessidades e fornecer todas as informações para que ele possa
decidir sobre as melhores opções para a correção da presbiopia.